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Estudantes baianos criam absorventes com folhas de amoreiras

Estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep), localizado em Araci, no interior da Bahia, desenvolveram uma alternativa sustentável e de baixo custo para os absorventes menstruais. Utilizando folhas de amoreira, o projeto dos absorventes biodegradáveis visa não apenas combater os desconfortos menstruais, como também minimizar o impacto ambiental e contribuir para o combate à pobreza menstrual.

E justamente a pobreza menstrual que inspirou as estudantes Jaqueline Souza e Maria Isabella. Elas contam que receberam o apoio de outros dois alunos pesquisadores, Luís David e Arthur Vinícius. Além disso, a Secretaria da Educação da cidade entrou na iniciativa. A partiri disso, elas desenvolveram absorventes com propriedades especiais para aliviar as dores menstruais e outros desconfortos como alergias e falta de libido.

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A Ciência por Trás do Projeto

Durante as pesquisas realizadas no laboratório da escola, as estudantes descobriram que as folhas de amoreira possuem substâncias que podem ajudar a aliviar as cólicas menstruais e aumentar a libido. A partir dessas descobertas, elas utilizaram a folha para produzir bioplástico, um material biodegradável, que foi então usado na fabricação dos absorventes.

“A ideia surgiu quando percebemos que muitas mulheres ao nosso redor enfrentavam esses problemas menstruais. Além disso, questões econômicas relacionadas à compra de absorventes”, explica Maria Isabella.

Um Impacto Social e Ambiental

Além de seu benefício no alívio dos desconfortos menstruais, o projeto é inovador ao oferecer uma solução sustentável para um problema ambiental. Absorventes comuns, feitos com materiais sintéticos, podem levar até 500 anos para se decompor. Em contraste, os absorventes biodegradáveis desenvolvidos pelos estudantes se decompõem muito mais rápido, reduzindo significativamente a produção de resíduos sólidos.

Outro aspecto importante abordado pelas estudantes é o impacto desse produto no combate à pobreza menstrual. Meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade frequentemente não têm acesso a absorventes, o que prejudica seu desenvolvimento educacional e social.

Estudantes baianos que criaram Absorventes biodegradáveis de folha de amoreira
Estudantes baianos que criaram Absorventes biodegradáveis de folha de amoreira. Foto: Reprodução

“Nosso absorvente é de baixo custo e sustentável. Ele ajuda a reduzir o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que oferece uma solução acessível para aquelas que enfrentam a pobreza menstrual”, destaca Jaqueline Souza.

Comparação entre Absorventes Comuns e Biodegradáveis

CaracterísticaAbsorventes ComunsAbsorventes Biodegradáveis (Folha de Amoreira)
MaterialSintético (plástico, algodão, polímeros)Bioplástico à base de folha de amoreira
Tempo de decomposiçãoAté 500 anosDecomposição rápida
CustoAltoBaixo
Benefícios adicionaisNenhum específicoAlívio das cólicas menstruais e aumento da libido
Impacto ambientalElevadoBaixo impacto, reduz resíduos sólidos
Acessibilidade para mulheres vulneráveisLimitadaAcessível

Próximos Passos

O projeto dos absorventes biodegradáveis já avançou bastante, e agora o material será encaminhado para uma análise de viabilidade de produção em larga escala. No entanto, ainda não há previsão para quando esses absorventes estarão disponíveis no mercado.

A inovação dos estudantes de Araci demonstra o poder transformador da educação e da pesquisa aplicada. Além de proporcionar uma solução prática para questões de saúde e sustentabilidade, o projeto também reforça a importância de iniciativas que possam fazer a diferença na vida de muitas mulheres em todo o país.

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