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Maranhão tenta solução para expansão do Centro de Lançamento de Alcântara

Representantes do Governo Federal visitaram em abril, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN). O objetivo foi promover o diálogo com entidades e órgãos do Executivo, visando maiores investimentos no CLA e na ALADA, empresa pública em processo de criação e considerada a solução principal para a inserção do Brasil no mercado global no segmento aeroespacial.

“O sucesso do Programa Espacial Brasileiro é diretamente proporcional à sinergia que se constrói com as relações interagências. Não sem razão, com vistas à consolidação do Complexo Espacial Brasileiro, o CLA e todos nós estamos profundamente honrados com esta visita institucional, oportunidade na qual pudemos apresentar a estes órgãos governamentais todo o arcabouço que dá sustentação às operações aqui realizadas, nossa complexa infraestrutura, nossas expectativas, além do mais importante: a consolidação do diálogo interministerial sobre esta pauta tão salutar, o que é imprescindível para que o Brasil alcance todos os seus objetivos no cenário aeroespacial a que se propõe”, declarou o Diretor de CLA, Coronel Aviador Clóvis Martins de Souza, na ocasião

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Governo do Maranhão busca soluções para impasses jurídicos para expansão do CLA

Diante da iniciativa do Governo Federal na expansão do CLA, Governo do Maranhão e outras autoridades do estado, estão buscando solução para o principal impasse da ampliação.

Uma reunião foi realizada em Alcântara para discutir a expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e seu impacto nas comunidades quilombolas locais, com a participação de membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federal e estadual. O governador Carlos Brandão destacou que, embora a expansão do CLA seja crucial para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Maranhão, é essencial que a regularização fundiária avance primeiro, garantindo os direitos das comunidades quilombolas.

Governador Carlos Brandão e ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ Foto Rodrigo Ribeiro
Governador Carlos Brandão e ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ Foto Rodrigo Ribeiro

O ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca, ressaltou a complexidade da questão e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para conciliar o desenvolvimento sustentável do Programa Espacial Brasileiro com os direitos das populações locais. Ele enfatizou que a mediação e conciliação são fundamentais para resolver os conflitos decorrentes da expansão do CLA.

O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Froz Sobrinho, destacou a importância de modernizar o cartório local para facilitar a regularização fundiária, o que é vital para o crescimento socioeconômico sustentável de Alcântara e para a proteção do patrimônio cultural das comunidades quilombolas.

Saiba mais sobre o Centro de Lançamento de Alcântara

A construção do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) teve início em 1982, sendo oficialmente inaugurado em 1º de março de 1983, quando foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara (NUCLA). O objetivo era oferecer apoio logístico e infraestrutura, além de garantir a segurança para os trabalhos que seriam realizados no futuro centro espacial brasileiro.

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O CLA foi estrategicamente instalado no Nordeste do Brasil, em uma das melhores localizações do mundo para o lançamento de foguetes. Sua proximidade com a linha do Equador, a apenas dois graus de latitude, é um fator crucial. Nessa posição, a velocidade de rotação da Terra é maior, o que aumenta a eficiência dos lançamentos. Isso permite uma economia significativa de combustível, reduzindo os custos em até 30%.

Além disso, a base de Alcântara oferece condições ideais para lançamentos em todos os tipos de órbita, e a região tem baixo tráfego aéreo e marítimo, o que aumenta a segurança das operações. Esses fatores fazem do CLA um ponto privilegiado para o desenvolvimento espacial do Brasil.

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