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Prefeito de Recife comanda reunião para montar estratégia de governos locais latino americanos durante a COP 25

Representantes de nove países, entre prefeitos, governos estaduais e sociedade civil, se reuniram neste domingo (8) para debater uma linha de convergência para o restante da COP 25

Na Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP25), em Madri, na Espanha, neste domingo (8), o prefeito Geraldo Julio se reuniu com representantes de nove países da América Latina com o objetivo de alinhar uma estratégia de interesses para os governos locais latinoamericanos durante o restante da COP. A reunião abordou as propostas de ação climática promovidas pelas cidades e governos locais como outros atores internacionais como instituições financeiras, redes de cidades, agências internacionais, podem contribuir com o desenvolvimento e aplicação dessa agenda.

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Além do prefeito do Recife, que também é presidente para a América do Sul dos Governos Locais Pela Sustentabilidade (ICLEI), estiveram presentes outros prefeitos latinoamericanos como Fernando Rodriguez, de Santo Domingos (Chile), Verny Valerio, de San Rafael de Heredia (Costa Rica), Claudio Castro de Renca (Chile), Dionísio Scarpin, de Avellaneda (Argentina), Nasry Asfura, de Tegucigalpa (Honduras) e Gonzalo Durán de Independência (Chile).

“A convite da ONU cheguei hoje aqui em Madri e já realizamos uma reunião com toda a comitiva da América Latina. Contamos com representantes de nove países, muitos prefeitos, representantes de governos estaduais e da sociedade civil e alinhamos uma agenda de convergência para mostrar que em toda a América Latina tem governos locais comprometidos com o combate à Emergência Climática. A gente fez essa mobilização de líderes através do ICLEI, o que mostra que o engajamento para o enfrentamento a essa Emergência Climática é cada vez mais sólido em toda a América Latina. Tivemos oportunidade ainda de mostrar exemplos de políticas públicas feitas no Recife, que podem servir de exemplo para vários outros municípios. Nosso trabalho na COP já começa bem, no primeiro dia, a convite da ONU, a gente já tem uma reunião importante como essa”, disse o prefeito

No encontro, o prefeito pôde destacar ainda ainda as ações que colocaram Recife em posição de destaque no tema das mudanças climáticas e levaram a cidade à liderança da Rede ICLEI na América Latina. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), o Recife está entre as 16 cidades mais vulneráveis do mundo para os efeitos da Mudança Climática. Em novembro deste ano, durante a primeira Conferência Brasileira de Mudança do Clima, sediada na capital pernambucana, a prefeitura anunciou um conjunto de medidas, ampliando ainda mais o compromisso da cidade com a agenda climática. Entre as medidas estão o lançamento do Plano de Adaptação Climática do Recife, o decreto que declara o Reconhecimento à Emergência Climática Global pelo Município do Recife, a primeira cidade do Brasil a fazer esse reconhecimento e também com pioneirismo em todo o país, o Recife se tornou a primeira cidade incluir na grade curricular da rede pública de ensino a matéria Sustentabilidade e Emergência Climática.

As ações vem se juntam ainda aos atos concretos locais que buscam a redução das emissões, como a expansão da iluminação em LED na cidade com o Ilumina Recife e o projeto de Energia Limpa que será implantado no Hospital da Mulher do Recife. A Maratona Verde, que plantou 10 mil árvores em apenas uma semana, chegando a marca de mais de 80 mil árvores plantadas nos últimos 7 anos. A expansão da rede cicloviária, que quadruplicou de tamanho e ultrapassou os 100km de extensão, entre outras medidas, como a recuperação do Jardim Botânico do Recife, os Econúcleos de Educação Ambiental e o novo Jardim do Baobá, integram o plano de ação firmado pela gestão com o objetivo de minimizar os impactos das mudanças climáticas na cidade.

Entre os objetivos da agenda de ação dos governos locais da América Latina está a busca por financiamento internacional para desenvolver mais ações nas cidades. Segundo o prefeito Geraldo Julio a descentralização de investimentos públicos e privados são essenciais para que os governos locais consigam colocar em prática projetos nas áreas de mobilidade, resíduos sólidos, por exemplo.

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