Durante a abertura do Hydrogen Dialogue Latin America, um evento promovido pela NürnbergMesse Brasil em colaboração com a Hiria NürnbergMesse, Guia Marítimo e a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), o governador do Ceará, Elmano de Freitas, delineou as estratégias e apresentou os projetos do Estado voltados para o avanço de políticas e produção de hidrogênio verde (H2V) nos mercados interno e externo.
O Hydrogen Dialogue Latin America, termina hoje em São Paulo e tem como propósito intensificar os debates sobre oportunidades de negócios e a viabilidade do hidrogênio verde como a principal solução global para a descarbonização.
O Governo do Ceará está focado em desenvolver uma cadeia de H2V. Segundo o Governador:
“Nosso estado tem avançado nesse projeto em colaboração com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e as universidades locais. Em breve, iremos assinar uma parceria com o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para estabelecer um plano estratégico de longo prazo para o hidrogênio verde no estado do Ceará. Além disso, estamos comprometidos em investir cerca de R$ 625 milhões na modernização do Porto do Pecém, adaptando-o para a Trasnordestina e para a produção de hidrogênio verde. Também estamos alocando recursos para o reúso da água do esgoto da capital na produção de H2V”.
Essa edição do Hydrogen Dialogue servirá como um espaço para a geração e compartilhamento de conhecimento, além de facilitar networking entre produtores, investidores, cientistas, operadores logísticos e grandes consumidores.
Diante da urgência de alcançar a descarbonização global e do potencial da economia do hidrogênio verde e das energias renováveis no Brasil, especialmente na região Nordeste, a produção dessa energia limpa é vista como uma solução crucial na transição energética da Europa.
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Elmano de Freitas também destacou outras medidas de extrema importância para a consolidação dessa cadeia de energia limpa no Ceará. Além dos 33 memorandos de entendimento sobre H2V e três contratos com empresas de energia limpa, totalizando cerca de R$ 40 bilhões, o governador mencionou a expansão do Eixão das Águas (que passará de 11m³/s para 22m³/s na transposição das águas do Rio São Francisco) através do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a implementação de uma Usina de Dessalinização de água do mar para assegurar a segurança hídrica.
“Haverá ainda leilões de linhas de transmissão para fornecimento de energia, algo que estamos comprometidos a garantir, e que está diretamente ligado à produção de hidrogênio verde. Além disso, teremos a conclusão da Transnordestina, que ligará o estado à região produtora de grãos para exportação. Com isso, será possível oferecer amônia verde como fertilizante para a região do Matopiba, formada principalmente por áreas de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”, ressaltou o governador, destacando ainda a criação de uma política de H2V e um Conselho dedicado ao tema no Ceará.
É importante também mencionar que recentemente o Governo do Ceará firmou um Memorando de Entendimento com as empresas GoVerde Energia e Apollo Asset para impulsionar a produção de energia e amônia verde – uma alternativa limpa obtida a partir do hidrogênio verde – no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza.
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O ESTADO DO CEARÁ TEM DIVERSOS PONTOS EM POTENCIAIS PARA A PRODUÇÃO DE H2V
1 – Disponibilidade de Recursos Naturais: O Ceará possui uma alta incidência de radiação solar e ventos favoráveis, o que pode facilitar a geração de energia renovável necessária para a produção de hidrogênio verde.
2 – Infraestrutura Portuária Avançada: O Porto do Pecém, localizado no Ceará, é um importante centro de logística e possui infraestrutura moderna, o que facilita a exportação e distribuição de hidrogênio verde.
3 – Investimentos em Infraestrutura Energética: O governo do Ceará demonstra um compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura energética, com investimentos planejados para modernização e adaptação do Porto do Pecém para a produção de hidrogênio verde.
4 – Colaboração com Instituições Acadêmicas de Renome: A parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) demonstra um compromisso com a inovação e o desenvolvimento de tecnologias avançadas relacionadas ao hidrogênio verde.
5 – Política de Incentivo e Fomento: O estado demonstra interesse em estabelecer políticas e estratégias de longo prazo para o desenvolvimento do setor de hidrogênio verde, o que pode atrair investimentos e impulsionar a inovação.
6 – Diversificação de Fontes de Energia Renovável: Além do potencial para geração de energia solar e eólica, o Ceará também possui projetos relacionados a biomassa e outras fontes de energia renovável, o que contribui para a diversificação da matriz energética.
7 – Parcerias com Empresas e Instituições Especializadas: A colaboração com empresas como GoVerde Energia e Apollo Asset, além do MIT, demonstra uma abordagem colaborativa e a busca por expertise no setor.
8 – Leilões de Linhas de Transmissão: A garantia de leilões de linhas de transmissão para o fornecimento de energia está diretamente relacionada à produção de hidrogênio verde, o que pode impulsionar ainda mais o setor.
9 – Conclusão da Transnordestina: A conclusão dessa ferrovia, que ligará o estado à região produtora de grãos para exportação, pode facilitar a disponibilidade de insumos para a produção de hidrogênio verde, como a amônia verde como fertilizante.
10 –
Instituição de uma Política de Hidrogênio Verde e Conselho Dedicado: Estabelecer uma política específica e um conselho para o tema no estado mostra um compromisso com o desenvolvimento sustentável e a promoção do hidrogênio verde.
REDAÇÃO com Assessoria