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Cientistas baianas descobrem que abelhas sem ferrão podem melhorar produção de morango

O morango é versátil e muito utilizado na culinária mundial. Além disso, o índice calórico da fruta é baixo, com 100 gramas contendo 40 calorias.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil é o líder na produção de morango na América do Sul. Diante da importância econômica do morango, as engenheiras agrônomas Priscila Miranda e Zilda Cristina, orientadas por Raquel Pérez e Aldenise Alves, desenvolveram uma pesquisa, realizada no município de Barra do Choça, sobre como as abelhas sem ferrão podem melhorar o plantio da fruta.

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A ideia surgiu após as pesquisadoras identificarem a ausência de estudos sobre o uso das abelhas no cultivo de morango. “As avaliações dos benefícios promovidos pelas visitas de abelhas sem ferrão são frequentes, pois elas costumam ser encontradas nas flores de culturas agrícolas facilmente manejadas e possuem baixa ou nenhuma agressividade. Porém, há uma escassez de estudos em propriedades comerciais em campo aberto, sem estufas. Desse modo, a ideia do projeto foi promover respostas a essa carência de trabalhos e pesquisas”, diz Priscila Miranda.

De acordo com Priscila, os morangos foram avaliados em dois momentos. Primeiro, em condição natural de plantio, depois com a introdução das abelhas das espécies conhecidas como Iraí e Jataí. Os testes indicaram que a cultura do morango se beneficia com o serviço ecossistêmico prestado pelas abelhas Iraí e Jataí, o que possibilita a recomendação de manejo destas duas espécies de abelhas sem ferrão para suplementação da polinização em áreas de cultivo aberto, que possam apresentar algum déficit de polinização, bem como a melhor estação do ano que possa se beneficiar com os serviços das abelhas.

O projeto conta com o apoio da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e do Sítio Muritiba, sob comando da produtora Sorlange Gomes. Priscila explica que o próximo passo da pesquisa é divulgar as conclusões do trabalho. “Tornar os resultados acessíveis aos produtores, pesquisadores e técnicos, através de publicações de artigos científicos, manuais técnicos e palestras, demonstrando os impactos dos polinizadores sobre a qualidade dos frutos. Isso pode auxiliar em pesquisas futuras como, por exemplo, nos trabalhos de melhoramento genético”.

O Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação.

Redação com Asessoria

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