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InícioEditorialComo o Nordeste já "rodou o mundo" há 2 bilhões de anos

Como o Nordeste já “rodou o mundo” há 2 bilhões de anos

Um estudo inédito e intrigante desvenda como o movimento das placas tectônicas fez com que os continentes do mundo inteiro rodassem o mundo durante dois bilhões de anos.

A animação mostra, por exemplo, como a área territorial da região Nordeste deu uma verdadeira volta no planeta

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Para tal feito, cientistas conseguiram reconstruir a movimentação das placas tectônicas da Terra ao longo dos últimos 1,8 bilhão de anos.

Desse modo, criando um mapa em movimento. Ao mesmo tempo, este avanço foi possível através de informações obtidas no interior das rochas. Além disso, representa a primeira vez que o registo geológico da Terra é utilizado de forma a recuar tanto no tempo.

Dessa forma, cobrindo os “últimos 40%” da história do planeta.

 O Nordeste rodando o mundo como uma dança

De acordo com Alan Collins, professor de geologia na Universidade de Adelaide e co-autor do estudo publicado na Geoscience Frontiers, o mapeamento das placas tectônicas ao longo da história da Terra revela uma “bela dança continental”.

Ele define a animação como hipnotizante e uma verdadeira obra de arte natural.

Período GeológicoPosição do Nordeste (Área Amarela)Descrição do Movimento
Há 125 milhões de anosUnido à ÁfricaO Nordeste se junta à África, contribuindo para a formação do supercontinente Pangeia.
Migração para o Sul há 300 milhões de anosPróximo ao Polo Sul da nossa épocaApós a separação de Pangeia, o Nordeste migra para o sul, formando o antigo Polo Sul.
Movimento para o Pacífico há 600 milhões de anosPróximo ao atual Pacífico e OceaniaO Nordeste continua seu movimento, transitando na direção do atual Oceano Pacífico.
Aproximação da Ásia (1 bilhão de anos)Posição perto da ÁsiaO Nordeste se aproxima da Ásia, à medida que o movimento das placas tectônicas continua.
Divisão e Redução (1,2 bilhão de anos)Dividido em duas partes menoresA área do Nordeste se divide e reduz de tamanho, com as placas tectônicas se separando.
Busca pelo Passado GeológicoRetorno às primeiras formações de terra no planetaA animação mostra a Terra voltando ao passado, explorando o início das formações terrestres.

 

Uma incrível jornada

Essa “dança continental” do Nordeste destaca a incrível jornada da região ao longo dos milênios, refletindo o movimento constante e as transformações do nosso planeta.

A cada etapa, o Nordeste assume novas posições, contribuindo para a formação de diferentes supercontinentes e moldando a superfície terrestre como a conhecemos hoje.

movimento placas tectônicas
A animação mostra como o Brasil e o Nordeste “passearam” por todo o hemisfério sul da Terra. Foto: Reprodução

Se você acompanhar a área amarela que simboliza o Brasil (e o Nordeste, é claro) verá que ele transita por todo o globo terrestre ao passar dos anos.

O movimento começa com o Nordeste se juntando à África para formar o que os estudiosos chamam de Pangeia. Em seguida, a região se movimenta para o Sul e forma algo como o Polo Sul da época.

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A área amarela ainda se movimenta rumo ao atual Pacífico e Oceania até chegar a Ásia. Ao mesmo tempo, se divide em duas partes e vai ficando da vez menor. A animação vai em busca do passado, quando o planeta começou realmente a ter área de terra, ou algo do tipo.

A Importância de Mapear o Passado da Terra

Até onde conhecemos, a Terra é única no Sistema Solar por possuir placas tectônicas. Elas são responsáveis pela formação de montanhas e abismos, terremotos e vulcões.

Este processo não só molda a superfície terrestre. Mas também desempenha um papel crucial na química da atmosfera e na disponibilização de nutrientes essenciais à vida.

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Além disso, as placas tectônicas ajudam a controlar o clima ao longo de longos períodos, reagindo com o dióxido de carbono da atmosfera. Esse processo é fundamental para entender o “tempo profundo” da Terra e como os nutrientes necessários para a evolução se tornaram disponíveis.

Como esse estudo nos ajuda a pensar no futuro

Este mapeamento é apenas o primeiro passo na construção de um modelo digital completo da história geológica da Terra. Ao conectar as placas tectônicas à evolução da vida, os cientistas podem avançar na compreensão de nossa própria evolução.

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