Quatro estados do Nordeste se destacaram entre os 15 maiores produtores de ovos de galinha no Brasil, conforme a Estatística da Produção Pecuária do IBGE referente ao segundo semestre deste ano. Pernambuco e Ceará lideram a produção na região, ocupando a 6ª e 9ª posições, respectivamente.
A Bahia aparece em 12º lugar, seguida pela Paraíba na 13ª posição. O Maranhão ficou em 21º lugar, sendo o estado nordestino com o pior desempenho no ranking.
Pernambuco e Ceará se destacam
Pernambuco e Ceará se destacam em relação aos demais estados da região, ambos com mais de dez milhões de galinhas poedeiras. Juntos, esses dois estados possuem mais cabeças de galinhas do que todos os outros estados nordestinos somados. De acordo com a portaria vigente do Ministério da Agricultura, os ovos pequenos devem pesar entre 47g e 49,99g, os médios entre 50g e 54,99g, e os grandes, acima de 55g.
Pernambuco produziu cerca de 73,7 milhões de dúzias de ovos, representando um crescimento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023. Já o Ceará, com 62,8 milhões de dúzias, registrou uma queda de 4% em relação ao semestre anterior. Este é o terceiro semestre consecutivo em que Pernambuco supera o Ceará em produção de ovos.
Giuliano Malta, presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), destacou que o IBGE tem feito mudanças nas tabelas do setor, mas observou que o aumento na produção tem resultado em uma queda de até 40% no preço dos ovos em relação ao ano passado, o que preocupa o setor.
Bahia lidera crescimento
A Bahia, apesar de estar atrás na disputa pelo primeiro lugar na produção de ovos, tem mostrado um crescimento constante. No segundo semestre de 2024, o estado alcançou sua maior produção trimestral de ovos, com um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 13,8% em comparação ao primeiro trimestre deste ano.
O estado baiano também registrou um aumento na população de galinhas poedeiras, com um crescimento de um milhão de cabeças nos últimos quatro anos. Esse avanço se deve a iniciativas do governo estadual, como os programas “Bahia Produtiva” e “Pró-Semiárido”, que incluem a implantação de entrepostos de ovos, a criação de aviários com tecnologia avançada e a oferta de assistência técnica e extensão rural para garantir o manejo adequado das aves.
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Segundo a Associação Baiana de Avicultura (ABA), a combinação de expertise técnica, práticas inovadoras, tecnologias avançadas e estratégias sustentáveis tem sido crucial para o crescimento da produção de ovos na Bahia.
Outros estados nordestinos, como Alagoas, Piauí, Paraíba e Sergipe, também apresentaram aumento na produção de ovos. Em contrapartida, o Maranhão e o Rio Grande do Norte registraram quedas de 5,3% e 3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023.