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Nordeste inicia projeto inovador de Nanossatélites

Na última sexta-feira (20), o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX/RN), formalizou um protocolo de intenções com a Agência Espacial Brasileira (AEB) para dar início ao projeto Constelação Potiguar. A governadora Fátima Bezerra recebeu o presidente da AEB, Marco Antônio Chamon, em Natal.

O projeto visa conceber e construir doze nanossatélites, pequenos artefatos espaciais, que desempenharão um papel crucial no monitoramento de diversas áreas, incluindo a medição do nível dos açudes, vigilância da área costeira, observação de cardumes oceânicos, avaliação de impactos ambientais e reforço da segurança pública.

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A governadora acompanhou a apresentação detalhada do projeto, seus benefícios e comemorou o progresso. “Quero expressar minha gratidão ao presidente da AEB por esta disposição e sensibilidade. Avançar com o nosso Parque Científico é de grande importância, e estamos consolidando isso por meio de parcerias tão significativas como esta”, declarou a governadora ao término da reunião.

Para Marco Antônio, presidente da Agência Espacial Brasileira, o projeto representa uma oportunidade imensa para o Rio Grande do Norte e para a própria Agência.

“O futuro da economia e tecnologia do país está intrinsecamente ligado à área espacial, e este projeto está completamente alinhado com esta visão”, afirmou. Ele destacou que o projeto está em fase de busca por parcerias, inclusive com instituições acadêmicas e a indústria. “É fundamental que tanto a academia quanto o setor econômico apostem no projeto, e estou certo de que isso acontecerá em breve”.

O que são nanossatélites?

Nanossatélites são pequenos satélites artificiais que possuem dimensões e peso significativamente menores em comparação com os satélites convencionais. Eles são projetados para serem mais leves e compactos, muitas vezes do tamanho de um pão ou até mesmo menor.

Esses satélites são utilizados para uma variedade de propósitos, como monitoramento ambiental, comunicações, pesquisa científica, observação da Terra e experimentos tecnológicos. Apesar do seu tamanho reduzido, os nanossatélites são capazes de executar muitas das mesmas funções que os satélites maiores.

A vantagem dos nanossatélites reside na sua acessibilidade e custo relativamente baixo em comparação com os satélites tradicionais. Isso significa que eles oferecem a oportunidade de realizar missões espaciais a um custo mais acessível, permitindo que instituições educacionais, organizações de pesquisa e até mesmo empresas privadas participem em atividades espaciais.

Devido ao seu tamanho compacto, os nanossatélites também podem ser utilizados em constelações, onde vários desses satélites trabalham juntos para fornecer uma cobertura mais ampla e frequente de uma área ou oferecer uma maior capacidade de coleta de dados. Essa flexibilidade e custo acessível têm levado ao crescimento significativo da utilização de nanossatélites em diversas aplicações espaciais nos últimos anos.

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Projeto Constelação Potiguar

Os nanossatélites serão desenvolvidos por meio do PAX, um megaprojeto que integra as universidades públicas, o Governo do Estado e a sociedade, e terá sede em Macaíba. O plano de implementação do projeto Constelação Potiguar abrange os próximos seis anos, com um orçamento estimado de R$ 36 milhões. Prevê-se a aplicação de R$ 3 milhões no primeiro ano e R$ 8 milhões no segundo, com o restante distribuído ao longo do período.

Reunião sela acordo para o início do projeto Constelação Potiguar

Segundo Olavo Bueno, diretor-presidente do PAX/RN, o projeto ainda está sendo desenhado, e o próximo passo será buscar parceiros que possam também investir no programa. Ele frisou:

“O que estamos fazendo é a ligação dos técnicos do nosso parque com os da Agência Espacial Brasileira e inclusive com a Força Aérea Brasileira. Já temos tecnologia aqui para servir à população, à sociedade do Rio Grande do Norte.”

Além dos já citados, participaram da reunião: Profa. Ângela Paiva Cruz – Presidente do Conselho de Administração do PAX | RN – Manoel Carvalho – Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – Unidade Natal – Responsável pela missão da Constelação Potiguar – Prof. Moisés Souto – IFRN – Responsável pela coleta e tratamento de dados da missão. – Prof. Douglas Nascimento Silva – Diretor da Escola de Ciência e Tecnologia da UFRN (ECT-UFRN) – Cel. Mauricio Alcântara – Ex-Comandante do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e Coordenador do Projeto Constelação Potiguar Local: Sala de Reuniões da Governadora Acompanha a Governadora: Jaime Calado – SEDEC Silvio Torquato – SEDEC Hugo Fonseca – SEDEC Guido Salvi – SEDEC.

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Sobre a Agência Espacial Brasileira (AEB)

A Agência Espacial Brasileira (AEB) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil. Sua principal missão é coordenar e promover as atividades espaciais no país.

A AEB foi criada em 10 de fevereiro de 1994, e desde então tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e coordenação das atividades espaciais no Brasil. Ela é responsável por formular e implementar a política espacial brasileira, bem como supervisionar e executar programas espaciais.

Entre as principais atribuições da Agência Espacial Brasileira estão:

Coordenação de Programas Espaciais: A AEB é responsável por coordenar os programas e projetos espaciais do Brasil, que podem incluir o desenvolvimento de satélites, lançadores, experimentos científicos e tecnológicos, entre outros.

Desenvolvimento de Tecnologia Espacial: A agência promove o desenvolvimento e a inovação tecnológica no campo da tecnologia espacial, estimulando a pesquisa e o avanço de tecnologias relacionadas ao espaço.

Cooperação Internacional: A AEB representa o Brasil em fóruns e acordos internacionais relacionados à atividade espacial. Isso inclui parcerias com outras agências espaciais, participação em programas de cooperação internacional e a negociação de acordos bilaterais.

Formação de Recursos Humanos: A agência também se envolve na formação de profissionais qualificados para atuar na área espacial, promovendo a educação e o treinamento de especialistas.

Promoção da Conscientização Espacial: A AEB tem o papel de conscientizar a sociedade sobre as atividades espaciais e seus benefícios para o país.

Segurança Espacial: A agência também é responsável por questões relacionadas à segurança do espaço, como o monitoramento de objetos em órbita e a garantia da utilização pacífica do espaço exterior.

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