16 / 04 / 2024

O Nordeste Está Aqui!

InícioEditorialO desafio do Nordeste em erradicar os desertos médicos

O desafio do Nordeste em erradicar os desertos médicos

Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um aumento significativo no número de médicos em todo o país. Contudo, mesmo com esse crescimento, o Nordeste ainda enfrenta uma realidade preocupante: os desertos médicos. São regiões onde a presença desses profissionais é escassa.

Essa disparidade é mais evidente quando observamos a distribuição dos médicos pelo território nacional. A maior parte está concentrada no Sul, Sudeste e no Distrito Federal, áreas com maior concentração de renda. Já o Norte e o Nordeste sofrem com a escassez desses profissionais. Uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina revelou que em Brasília, por exemplo, o número de médicos por habitante é 4,5 vezes maior do que no Pará, o estado com a menor proporção.

- Continua depois da publicidade -

Essa desigualdade não se limita apenas entre regiões, mas também entre as capitais e o interior dos estados. Cerca de 60% dos médicos estão em municípios com mais de 500 mil habitantes, enquanto em cidades menores, com até cinco mil habitantes, a proporção é de quase 0,5 médico para cada mil pessoas.

LEIA TAMBÉM:
Capital no Nordeste é o destino de Lua de Mel preferido no país
Nordeste tem azeite extravirgem com premiação internacional
São João de Campina terá voos diários do Rio de Janeiro

Deserto médico é reflexo das desigualdades

É crucial reconhecer que essa discrepância não é apenas uma questão de oferta e demanda no mercado de trabalho, mas sim um reflexo das desigualdades sociais e econômicas que permeiam nosso país. Como destaca o Conselheiro do CFM, Donizetti Dimer, políticas públicas que promovam a fixação de médicos em áreas remotas e de difícil acesso são essenciais para garantir um sistema de saúde equitativo e eficiente.

O governo federal tem enfrentado esse desafio com a ampliação do programa Mais Médicos, que visa levar profissionais de saúde para as regiões mais vulneráveis e remotas do país. Desde sua retomada, o programa já contratou cerca de 17 mil profissionais, representando um reforço significativo na oferta de assistência médica nessas áreas.

Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer. A equidade na distribuição de médicos é fundamental para garantir o acesso universal à saúde. Desse modo, reduzir as disparidades regionais. É preciso continuar investindo em políticas que incentivem a atuação de profissionais de saúde em áreas subatendidas, além de promover melhorias nas condições de trabalho e infraestrutura nessas regiões.

LEIA TAMBÉM:
Nordeste tem cinco shoppings entre os 10 maiores do Brasil
Construções do Nordeste vencem Prêmio internacional
Estado do Nordeste movimenta R$ 1,7 bilhão na alta temporada
Maior cidade do Nordeste bate recorde de voos internacionais</a

O desafio dos “desertos médicos” é um reflexo das profundas desigualdades sociais e regionais do Brasil. Enquanto lutamos para superar essa realidade, é essencial que o Estado assuma um papel ativo na promoção da equidade na saúde. Dessa forma, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso a serviços médicos de qualidade, independentemente de onde vivam.

Com informações da Agência Brasil

Siga-nos no Instagram @portalne9!
Participe do nosso grupo no Telegram!
Participe do nosso grupo no WhatsApp!

RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- PUBLICIDADE -

Mais Lidas

- PUBLICIDADE -

Concursos e Empregos

Cinco praias do Nordeste para programar seu próximo feriado

Quando se fala em praias paradisíacas, o Nordeste é um destino que logo vem à mente. Com suas águas cristalinas, areias douradas e uma...