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Restaurantes aceleram pagamentos sem contato

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), em novembro do ano passado, mostrou que, só no terceiro trimestre de 2020, os pagamentos por aproximação cresceram 622,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e movimentaram R$ 14,4 bilhões. No acumulado anual, o crescimento foi de 478,7% – resultado impulsionado, em grande parte, pela pandemia do novo coronavírus.

O isolamento social mudou completamente a experiência de consumo e acelerou a transformação digital que vinha acontecendo em algumas áreas. O setor de restaurantes, que sem dúvidas foi um dos que mais sofreu com a crise causada pela Covid-19, precisou se adaptar rapidamente a nova realidade. “No início do isolamento, os estabelecimentos precisaram repensar o modelo de operação, respeitando todas as medidas de proteção, desde o manuseio do alimento até as embalagens. A forma de pagamento também foi estudada para ter o mínimo de contato possível. Mesmo após a flexibilização, com a reabertura dos bares e restaurantes, essa dinâmica permanece”, comenta Rodrigo Andrade, diretor de Food Service da Linx.
As tecnologias como NFC e wearables, que possibilitam o pagamento por aproximação – famoso contactless, sem contato, em inglês –, foram recomendadas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS), no início de março, visando evitar o manuseio de notas e maquininhas que poderiam facilmente abrigar o vírus e acelerar a transmissão da doença. No mês seguinte à sugestão do órgão, a Grã-Bretanha aumentou o limite de 30 para 45 libras por transação digital sem contato, seguindo uma tendência europeia que percebeu valor em um cenário de operações sem contato físico.
Não demorou muito para o Brasil fazer o mesmo. Em julho do ano passado, a ABECS aumentou o limite de pagamentos que não necessitam de senha, via tecnologia NFC, de R$ 50 para R$ 100, tendo em vista o crescimento significativo das operações digitais.

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Mas, o NFC não é a única tecnologia que tem sido adotada. Para bares e restaurantes, que precisaram trabalhar somente com delivery, os links de pagamento foram essenciais. Neste modelo, o consumidor realiza o seu pedido, recebe um link que pode ser encaminhado via WhatsApp, e-mail ou outro canal, e finaliza o pagamento. “Para os estabelecimentos que migraram para o delivery, essa modalidade facilitou todo o processo, uma vez que o entregador não precisa mais levar uma maquininha e cobrar na entrega, minimizando os riscos e agilizando a etapa para dar vazão ao alto volume de pedidos”, afirma Andrade.

Além disso, ainda é preciso dar mais autonomia ao consumidor nessa recente reabertura. “O gestor de restaurante precisa, por exemplo, proporcionar uma experiência de autosserviço do início ao fim. Ou seja, colocar um QR Code para o cliente acessar o cardápio digital e dar esta opção na hora do pagamento”, explica o diretor. Por isso, tecnologias via QR Code têm ganhado espaço, sobretudo neste momento de retomada gradual dos estabelecimentos. Realizado em poucos passos, o cliente faz o pedido, o valor é registrado no PDV e, com o aplicativo de celular da sua carteira digital, o cliente pode ler um código no display do caixa. Assim, o valor aparece no app e com um clique a transação é finalizada.
Andrade ainda ressalta que a chegada do Pix deve dar ainda mais visibilidade aos pagamentos sem contato. “O modelo do Banco Central permite a leitura via QR Code, sistema já existente em softwares que integram os pagamentos por Pix ao PDV, sem impactar a operação”, finaliza.

Website: https://www.linx.com.br/

FONTE: ASSESSORIA

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