11 / 05 / 2024

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7 de setembro: a importância do Nordeste na independência do Brasil

No dia 7 de setembro de 1822, o Brasil rompeu os laços coloniais que o uniam a Portugal há mais de três séculos. Foi nessa data que dom Pedro, o filho do rei português que governava o Brasil como príncipe regente, declarou a independência do país, após receber uma carta de seu pai ordenando que ele voltasse para a Europa.

Dom Pedro, porém, não aceitou a ordem e, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, gritou: “Independência ou morte!”. Esse grito ecoou pela história brasileira como o símbolo da libertação nacional. A independência do Brasil foi o resultado de uma série de conflitos entre os interesses da metrópole e da colônia, que se intensificaram no final do século 18 e início do século 19.

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Os brasileiros queriam mais autonomia política e econômica, enquanto os portugueses queriam manter o controle sobre a sua mais rica possessão. O 7 de setembro é celebrado como o Dia da Pátria e o Dia da Independência do Brasil, sendo um dos feriados mais importantes do país. Nesse dia, há desfiles cívicos e militares em todas as cidades brasileiras, e o presidente da República faz um pronunciamento em Brasília. O significado do 7 de setembro pode mudar conforme o tempo e o lugar, mas sempre expressa um sentimento de orgulho e de pertencimento à nação brasileira.

O Nordeste como fonte de inspiração para a Independência

E o Nordeste foi uma região fundamental para a independência do Brasil, pois foi palco de diversas lutas e resistências contra o domínio português. Alguns dos principais episódios que marcaram a história do Nordeste nesse período foram:

  • Conjuração Baiana (1798), também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento popular que defendia a independência da Bahia e a instalação de uma república democrática e igualitária. Os líderes da revolta foram perseguidos e executados pelas autoridades coloniais.
  • Revolução Pernambucana (1817), também chamada de Revolução dos Padres, foi uma rebelião que proclamou a República de Pernambuco, a primeira república do Brasil. O movimento contou com a participação de diversos segmentos sociais, como padres, militares, comerciantes e intelectuais, que reivindicavam maior autonomia política e econômica em relação à metrópole. A revolta foi sufocada pelas tropas enviadas pelo governo central do Rio de Janeiro.
  • Confederação do Equador (1824) foi um movimento separatista que envolveu as províncias de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O objetivo era criar uma confederação de estados independentes, com um sistema federativo e democrático, em oposição ao regime centralizador e autoritário de Dom Pedro I. A confederação foi derrotada pelas forças imperiais, que reprimiram violentamente os rebeldes.

Desejo de liberdade e justiça

Esses movimentos mostram que o Nordeste teve um papel importante na construção da

O 7 de setembro é uma das datas mais lembradas pelos patriotas brasileiros.

identidade nacional brasileira, ao expressar o desejo de liberdade, justiça e soberania do povo.

O Nordeste também contribuiu para o desenvolvimento econômico e cultural do Brasil, com sua rica diversidade de manifestações artísticas, religiosas, gastronômicas e folclóricas. O Nordeste é, portanto, uma região que merece ser valorizada e respeitada por sua história e sua cultura.

A tabela abaixo mostra o contexto do embate entre Brasil e Portugal que culminou na independência.

Evento Data Local Personagem principal Significado
Transferência da família real portuguesa para o Brasil 1808 Rio de Janeiro D. João VI O Brasil deixou de ser uma colônia e passou a ser sede do reino português
Revolução Liberal do Porto 1820 Portugal Cortes portuguesas Um movimento que exigiu o retorno de D. João VI a Portugal e a revogação das medidas que beneficiavam o Brasil
Dia do Fico 9 de janeiro de 1822 Rio de Janeiro D. Pedro I A decisão de D. Pedro I de permanecer no Brasil, contrariando as ordens das Cortes portuguesas
Convocação da Assembleia Constituinte brasileira 3 de junho de 1822 Rio de Janeiro D. Pedro I Um passo para a autonomia política do Brasil, que pretendia elaborar uma Constituição própria
Declaração da Independência do Brasil 7 de setembro de 1822 São Paulo D. Pedro I O rompimento definitivo com Portugal e a fundação do Império do Brasil

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Qual foi o papel dos escravos na luta pela independência do Brasil?

Os escravos tiveram um papel importante na luta pela independência do Brasil, pois participaram ativamente de vários movimentos e conflitos que desafiaram o domínio português como os citados no texto acima.

A Conjuração Baiana, por exemplo, tinham como seus líderes quatro alfaiates negros, que foram perseguidos e executados pelas autoridades coloniais.

A Revolução Pernambucana contou com a participação de diversos segmentos sociais,

Zumbi dos Palmares é lembrado até hoje como um dos ícones da luta pela independência

incluindo escravos e libertos, que reivindicavam maior autonomia política e econômica em relação à metrópole.

A Confederação do Equador contou com a participação de negros como o líder quilombola Zumbi dos Palmares, que lutou bravamente pela liberdade dos negros.

A luta continua

Esses movimentos mostram que os escravos não foram apenas vítimas passivas da escravidão, mas também agentes históricos que resistiram à opressão e contribuíram para a formação da nação brasileira.

No entanto, a independência do Brasil não significou o fim da escravidão, que só foi abolida em 1888, após muitas lutas e pressões sociais. Mesmo assim, os ex-escravos continuaram enfrentando dificuldades e discriminações, que persistem até hoje.

Pedro Américo e a Independência ou Morte

Outro ponto notório da participação do Nordeste no 7 de setembro é uma pintura que até hoje é base mais sólida de conhecimento sobre o momento exato que Dom Pedro I deu o famoso grito “Independência ou Morte”. A obra  é uma pintura do artista paraibano Pedro Américo, que retrata o momento vivido lá em 1822 nos campos do Ipiranga.

A obra é considerada a representação mais consagrada e difundida desse episódio histórico, sendo o gesto oficial da fundação do Brasil. A pintura foi encomendada pelo governo paulista em 1886 e entregue em 1888, após o artista realizar pesquisas sobre o movimento da Independência, os trajes da época e outros detalhes.

A obra foi exposta pela primeira vez no Brasil em 1895, na inauguração do Museu Paulista, onde se encontra até hoje. A obra de Américo é reconhecida por se tratar de uma construção de identidade nacional através da arte, mas também recebeu críticas por seu caráter idealizado e por sua semelhança com outras obras de pintores estrangeiros. A pintura tornou-se a principal referência para a representação da Independência do Brasil e inspirou outras obras que criaram uma versão alternativa à do heroísmo e do triunfalismo de Dom Pedro. A pintura também é uma “imagem canônica” no ensino de história do Brasil, aparecendo em diversos livros didáticos. A pintura também aparece no frontão do Monumento à Independência do Brasil em São Paulo.

 

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