08 / 05 / 2024

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Cinco nordestinos que poderiam ter ganho o prêmio nobel

O prêmio nobel é a mais alta honraria entregue a pessoas que se destacaram em áreas como ciência, literatura, paz e economia. Desde sua criação, em 1901, nenhum brasileiro foi laureado com o prêmio. Contudo, isso não significa que não tenhamos talentos dignos de reconhecimento. Vamos apresentar cinco nordestinos que poderiam ter ganho o prêmio nobel por suas contribuições em diferentes campos do conhecimento.

Nise da Silveira (1905-1999)

A nordestina Nise da Silveira foi uma estudiosa no campo da psiquiatria que revolucionou os tratamentos de saúde mental no Brasil. Nascida em fevereiro de 1905 em Maceió, Nise passou a viver no Rio de Janeiro a partir de 1927, onde se formou em medicina e foi a única mulher em uma turma de 157 alunos. Em 1936, foi presa por ser acusada de envolvimento com o comunismo e passou 18 meses na cadeia. Lá, conheceu o escritor Graciliano Ramos, que se tornou seu amigo e admirador.

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Após sua libertação, Nise começou a trabalhar no Hospital Pedro II, onde se deparou com as condições desumanas em que os pacientes psiquiátricos eram tratados. Dessa forma, se recusou a usar métodos violentos, como o eletrochoque e a lobotomia. Contudo, propôs uma abordagem mais humanista, baseada na arte, na música, nos animais e na convivência. Ela criou o Museu de Imagens do Inconsciente, onde reuniu mais de 350 mil obras produzidas por seus pacientes. Por último, também criou o Centro Psiquiátrico Nacional, onde desenvolveu pesquisas sobre a esquizofrenia e a psicose. Ela também foi pioneira em estabelecer um diálogo entre a psicanálise e as religiões afro-brasileiras, reconhecendo a importância da cultura e da espiritualidade para a saúde mental.

Nise da Silveira foi uma das maiores referências da psiquiatria brasileira e mundial, tendo sido elogiada por nomes como Carl Jung, Henri Ey e Jean-Paul Sartre. Ela poderia ter ganho o prêmio Nobel de Medicina ou de Paz, por sua contribuição para a compreensão e o tratamento dos transtornos mentais, e por sua defesa dos direitos humanos dos pacientes psiquiátricos.

Celso Furtado (1920-2004)

Celso Furtado foi um economista nascido em Pombal, na Paraíba. A princípio, é considerado um dos maiores pensadores da economia brasileira e latino-americana. Similarmente, é o criador da teoria da dependência, que analisa as relações desiguais entre os países centrais e periféricos do sistema capitalista.

Ele também foi um dos idealizadores da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), da Operação Nordeste, que visava ao desenvolvimento da região, e do Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Furtado foi ministro do Planejamento no governo de João Goulart e exilado durante a ditadura militar. Em síntese, seu trabalho até hoje é referência para os estudos de economia.

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João Cabral de Melo Neto (1920-1999)

João Cabral de Melo Neto foi um poeta de Recife, Pernambuco. É um dos maiores poetas da língua portuguesa. Autor de obras como Morte e Vida Severina, O Cão sem Plumas, O Rio e A Educação pela Pedra. Ao mesmo tempo, se destacou por sua poesia rigorosa, objetiva e crítica. Explorou temas como a realidade social, a paisagem nordestina, a arte e a própria linguagem. Ele também foi diplomata, tendo servido em países como Espanha, Inglaterra, Senegal e Honduras.

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 Irmã Dulce  (1914 – 1992)

Irmã Dulce nasceu no estado da Bahia e recebeu o título de Santa Dulce dos Pobres, sendo a primeira santa brasileira com milagres reconhecidos canonizada pelo Vaticano. Seu trabalho com a população vulnerável da Bahia é único. De receber os mais humildes para higiene, alimentação e cuidados com a saúde até a construção de um hospital que vive de doações. Do mesmo modo, fez um trabalho extraordinário que até hoje sobrevive graças ao esforço de parentes e seguidores.

 

Maria Firmina dos Reis (1825-1917)

Maria Firmina dos Reis foi uma escritora nascida em São Luís, no Maranhão. Firmina é a primeira romancista negra do Brasil. Ao mesmo tempo, é uma das precursoras da literatura abolicionista. Seu romance mais famoso, Úrsula, publicado em 1859, narra a história de amor entre uma jovem órfã e um médico, tendo como pano de fundo a escravidão e a opressão racial e de gênero. Também escreveu contos, poemas, ensaios e textos jornalísticos, sempre defendendo os direitos das mulheres, dos negros e dos indígenas. Ela foi professora, fundou a primeira escola mista e gratuita do Maranhão e participou de movimentos abolicionistas e republicanos. Firmina facilmente poderia ter uma indicação ao prêmio nobel de literatura.

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