Bolsas e objetos de decoração produzidas no Aria Social serão vendidos na Casa Nordestesse, no Shopping Iguatemi
Inspirada nos figurinos do musical “Capiba, pelas ruas eu vou”, assinados por Beth Gaudêncio, a coleção será lançada nesta quinta, 23 de novembro, na Casa Nordestesse do Shopping Iguatemi, onde também será vendida. Capiba é um dos artistas mais talentosos e reverenciados de Pernambuco: pianista do cinema mudo, antes de aprender a ler já lia partituras e compôs em sua trajetória mais de 200 canções, entre frevos, maracatus, valsas, marchinhas e até missa armorial. A coleção tem o crochê como carro-chefe e traz nove modelos de bolsa (além de pochete, mochila e carteiras), seis modelos de almofadas, chapéu bucket, quatro modelos de vaso, uma fruteira e até chaveiros. “É uma alegria criar com os artesãos da Casa de Maria uma coleção que apresenta a alma pernambucana por meio do espírito vibrante do frevo e inova a forma de trabalhar com crochê”, diz a designer Luly Vianna.
A Casa de Maria foi fundada em 2017 e tem como missão impulsionar o empreendedorismo social das mães e outros familiares dos alunos do Aria Social por meio da capacitação em um artesanato que tem como base a sustentabilidade e as tradições locais. A Casa de Maria nasceu dentro do Aria Social, quando as mães e responsáveis dos alunos começaram a trocar experiências em crochê enquanto aguardavam seus filhos nas aulas. O movimento foi percebido pela presidente do Aria Social, Cecília Brennand, que encampou a ideia e passou a oferecer oficinas de artesanato nas instalações do Aria.
Passados seis anos, a Casa de Maria se firma como um ponto de apoio, aprendizado e convivência, onde mães e familiares de alunos encontram suporte para impulsionar seus sonhos, garantindo a capacitação profissional e o empoderamento e gerando renda para mais de 140 famílias em situação de vulnerabilidade econômica assistidas diretamente todo ano.
O objetivo é fomentar a produção e comercialização de acessórios e objetos de decoração feitos manualmente, com insumos em sua maioria reciclados. As artesãs da Casa de Maria são remuneradas pelas peças produzidas e vendidas pelo projeto, com parte do valor revertida para a manutenção da instituição.
LEIA TAMBÉM:
– Cinco destinos ‘fora da curva’ para curtir o carnaval no Nordeste
– Lampião: Herói ou bandido? Novas teorias reacendem discussão
A cada temporada, um designer conhecido nacionalmente assina uma coleção em conjunto com as artesãs do projeto: o mato-grossense Sergio Mattos, a carioca Marcia Kemp (da marca de bolsas Nanacay) e a pernambucana Gisela Moraes são alguns dos criativos que já assinaram coleções para Casa de Maria. Os sousplats feitos com Sergio Mattos também estarão à venda na Casa Nordestesse do Iguatemi.
A Casa de Maria é o braço empreendedor e de design do Aria Social. Criado em 1991 pela bailarina Cecilia Brennand, o Aria é, desde 2004, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que educa e profissionaliza através da arte. Sua missão é “promover a transformação humana através da arte-educação de qualidade, oferecendo a formação e profissionalização em música e dança a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social”. O Aria Social cerca de 450 crianças e jovens entre 6 e 25 anos, com aulas de dança e música, atividades complementares como português e raciocínio lógico e, ainda, atendimento psicológico.
LEIA TAMBÉM:
– Maior cidade do Nordeste fará investimento milionário em 690 ruas
– VÍDEO: Por que o NORDESTE é a MECA do HIDROGENIO VERDE no mundo?
– Réveillon no Nordeste! Como serão as principais festas de ano novo da região
Localizado em Jaboatão, na Grande Recife, no mesmo prédio onde crianças e jovens se profissionalizam em dança e música, o Casa De Maria hoje tem loja própria e espaço para oficinas de tricô; bordado com pedraria; tecelagem em jornal; crochê; macramê; costura iniciante e avançada. Curiosidade: a origem do nome Casa de Maria vem da fusão do “m” de mãe com a palavra Aria. “Foi uma maneira que encontramos de homenagear tanto o projeto que nos deu luz como aquelas que por meio de suas mãos nos ajudam a tecer essa história”, diz Cecília Brennand.