Você já ouviu falar do Cajueiro de Pirangi, o maior cajueiro do mundo? Essa árvore gigantesca fica na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e cobre uma área de aproximadamente 9.000m², com perímetro de aproximadamente 500 metros. Em virtude da sua extensão, a árvore entrou para o Guinness Book “O Livro dos Recordes”, em 1994, como o Maior Cajueiro do Mundo e a árvore mais frutífera do mundo.

Mas como essa árvore se tornou tão grande? Segundo a tradição oral, o Cajueiro foi plantado em dezembro de 1888 por um pescador chamado Luiz Inácio de Oliveira, que morreu aos 93 anos sob a sombra da árvore. Há também quem acredite que o antigo proprietário do terreno, Sylvio Pedroza (ex-prefeito de Natal), é o responsável pelo plantio. Outra teoria é que a própria natureza se encarregou do nascimento do gigante.

Qual a história do maior cajueiro do mundo?

O fato é que o Cajueiro tem uma anomalia genética, que faz com que os seus galhos cresçam para os lados e não para cima. Com o passar do tempo, o peso desses galhos se curva e atinge o solo, ocorrendo assim um novo enraizamento, que estimula ainda mais a expansão do Cajueiro. Esse fenômeno é chamado de alporquia ou mergulhia.

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O Cajueiro produz cerca de 70 a 80 mil cajus por safra, que acontece entre os meses de novembro e janeiro. O caju é um fruto muito apreciado pelos nordestinos, que o consomem in natura ou em forma de sucos, doces, geleias e licores. O caju também é fonte de vitamina C, ferro, fósforo e cálcio. Além do caju, o cajueiro produz outro fruto, chamado de castanha de caju, que na verdade é um pseudofruto formado pelo pedúnculo floral. A castanha de caju é rica em proteínas, gorduras e minerais, e tem um alto valor comercial no mercado nacional e internacional.

O Cajueiro faz parte da vida da comunidade e do roteiro turístico dos visitantes do RN, tanto é que por ano o Cajueiro recebe mais de 300 mil visitantes. Atualmente, administrado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), possui quadro funcional que ajuda a manter o Cajueiro. Em sua maioria, os colaboradores moram no entorno – Pirangi, Pium, Búzios, Cotovelo.

Se você ficou curioso para conhecer essa maravilha da natureza, saiba que o Cajueiro fica aberto à visitação todos os dias das 7h30 às 17h30. Há uma taxa para ingressar no local e contribuir para a limpeza e manutenção do terreno. Também tem um passeio guiado pela árvore e pela feirinha de artesanato local. Você também pode subir em uma plataforma elevada para ter uma vista panorâmica do Cajueiro e tirar fotos incríveis.

Cajueiro é árvore tradicional do Nordeste

O Cajueiro é uma árvore típica do Nordeste brasileiro, que pode ser encontrada em florestas tropicais litorâneas, como a Mata Atlântica. O cajueiro tem características bem comuns, como tronco retorcido e folhas ovais. Sua exploração acontece desde antes da colonização brasileira, quando os índios da etnologia Tupi travavam as Guerras do Acayu para obter safras do fruto. Em 1560 foi levada para a Índia, onde posteriormente passou a ser comercializada.

O Cajueiro de Pirangi é um exemplo de como as árvores podem surpreender e encantar as pessoas com suas formas e frutos. É também um símbolo da cultura e da história do povo nordestino, que tem no caju uma fonte de alimento e renda. Por isso, vale a pena conhecer e preservar essa árvore tão especial.

A tabela abaixo mostra o maior cajueiro do mundo em números.