No último fim de semana, os festejos de Bom Jesus dos Navegantes no Baixo Rio São Francisco, em Sergipe, culminou em uma ação ambiental. Ao mesmo tempo, 150 mil peixes foram soltos no rio, beneficiando a biodiversidade e a economia local. Um mutirão de repovoamento de espécies nativas ocorreu em três municípios da região. Desse modo, contribuindo para a recomposição e a manutenção dos estoques pesqueiros na Bacia do São Francisco.

A iniciativa é da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ao mesmo tempo, ação é em parceria com as prefeituras de Gararu, Santana do São Francisco e Ilha das Flores. Dessa forma, o rio ganhou 50 mil alevinos e pós-larvas de curimatã, pacamã e camarão-pitu em Gararu, no sábado (20). Já no domingo (21), mais 100 mil alevinos das mesmas espécies em Santana do São Francisco e em Ilha das Flores.

Os peixamentos, são as ações de repovoamento, ocorrem no período de defeso, quando não pode pescar para dar tempo para o desenvolvimento das pós-larvas e dos alevinos. Essas ações são necessárias para compensar o represamento de rios da Bacia do São Francisco, que impede que os peixes subam os rios para se reproduzirem.

Preservar a fauna do São Francisco

De acordo com a Codevasf, os peixamentos visam não apenas preservar a fauna da região, mas também fortalecer a economia local. Também visa manter a pesca nos locais. A companhia já realizou um peixamento no município de Neópolis, no dia 7 de janeiro.

Ainda ocorrerá uma ação de repovoamento no Rio São Francisco, no município de Propriá, no próximo domingo (28).

Os alevinos vêm do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, no município de Neópolis. Já em Alagoas, os pequenos peixes nasceram no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, no município de Porto Real do Colégio. Na sexta-feira (19), a Codevasf soltou 30 mil exemplares nativos na Barragem do Boacica, no município de Igreja Nova (AL), sendo 18 mil de piau-verdadeiro e 12 mil de curimatã-pacu.