15 / 05 / 2024

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Casa do Carnaval é reaberta ao público com exposição “Ciranda de Todos Nós” no Recife

No dia em que o Iphan registra a Ciranda e revalida o Frevo como patrimônios culturais imateriais do Brasil, Prefeitura do Recife reabre as portas do espaço de memória, pesquisa e preservação das manifestações culturais tradicionais

O Recife encerra o mês do Patrimônio comungando passado e futuro, salvaguarda e semeadura na celebração de três importantes novidades para a cultura de Pernambuco e do mundo. Nesta terça-feira (31), no mesmo dia em que o Iphan confirmou a revalidação do Frevo e o registro da Ciranda como patrimônios culturais imateriais do Brasil, a Prefeitura do Recife devolve ao público recifense a Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro, importante espaço de memória, construção e preservação das tradições e manifestações da cultura pernambucana.

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“Hoje a gente faz a reabertura da Casa do Carnaval, o primeiro ato do Move Cultura. Viemos aqui três meses atrás, quando autorizamos fazer toda a recuperação e garantir a reabertura deste patrimônio, localizado no Pátio de São Pedro”, lembrou o prefeito João Campos. “A gente faz essa reabertura hoje com uma exposição que faz referência à Ciranda, a “Ciranda de Todos Nós.” Aqui a gente também celebra no dia de hoje que a ciranda virou patrimônio cultural do nosso País. Então, se você não conhece, vem até o Pátio de São Pedro visitar a Casa do Carnaval e celebrar a nossa cultura”, convidou o prefeito.

A cerimônia de entrega das obras contou com a presença de nomes importantes para a cultura pernambucana e da capital, como a cirandeira Lia de Itamaracá. “Isso é uma maravilha, é a cultura se revivendo. Não se pode deixar a cultura morrer”, defendeu. A rainha da Ciranda está entre as pessoas homenageadas nas paredes da exposição. Ao lado dela está Cristina Andrade, cirandeira do Recife. “É uma maravilha ver este espaço reabrir. Com a pandemia, todo mundo teve que parar as atividades e ficar nas suas casas. Ver essa reabertura no dia que a gente passa a ser patrimônio imaterial é uma alegria para todos nós cirandeiros.”

O Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural Casa do Carnaval, que soma 31 anos de existência e serviços prestados à cultura e à pesquisa cultural, reabre agora as portas para o atendimento presencial do público, com instalações físicas e acervos recuperados e prontos para contar as histórias que a cultura produz e reproduz sobre uma sociedade e seu tempo. O espaço cultural, mantido pela Prefeitura do Recife, foi, ao lado da Escola de Frevo, um dos primeiros alvos do Movimento de Valorização dos Equipamentos Culturais – Move Cultura, definido como prioridade da nova política cultural implementada no Recife, para assegurar espaços de fomento, salvaguarda e experimentação da cultura cada vez mais atuantes e fortalecidos em suas propostas e provocações ao público.

A Casa do Carnaval recebeu novos projetos expositivos e de climatização, com adequações nas instalações, além de serviços de manutenção e recuperação de acervo, composto por mais de mil volumes impressos, entre livros, periódicos, teses, dissertações, monografias, atas, estatutos, cartas, notas de jornal, fotografias, cartilhas culturais, catálogos e partituras de frevo, para legar eternidade e universalidade à música que nasceu do encontro entre luta e celebração, rua e multidão. Boa parte dessa farta e rica documentação, que serviu, inclusive, de fundamento e lastro para a estruturação de um grande programa integrado de salvaguarda, responsável pela criação do Paço do Frevo e pelo registro do ritmo como patrimônio junto ao Iphan, está digitalizada. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.

“Com essa reabertura, devolvemos a Casa do Carnaval ao povo do Recife, também o centro de formação, estudo e pesquisa. É um momento de muita emoção, mas também de resgate da nossa história para construir o futuro que queremos para a nossa cidade”, disse Ricardo Mello, secretário de Cultura do Recife.

EXPOSIÇÃO – Para a reabertura, a Casa do Carnaval convida o público a entrar na roda da exposição “Ciranda de todos nós”, em celebração ao ritmo que acaba de ser registrado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A exposição conta a história da tradição, feita de dança e música, tecida na oralidade e repassada literalmente de mão em mão, nos círculos geracionais que ainda se sucedem na Zona da Mata Norte e no litoral da Região Metropolitana do Recife.

A mostra retrata as origens, a geografia e a indumentária da ciranda, além de exibir instrumentos musicais e celebrar mestres e mestras que já giraram essa roda, com citações impressas nas paredes. No chão, projeções conduzem até os menos habilidosos pés na geometria da cadência cirandeira. Para ouvir as músicas e histórias da ciranda, QR Codes espalhados na exposição convidam à experiência sonora do agora declarado patrimônio cultural.

Ciranda Patrimônio Cultural – A candidatura da ciranda a patrimônio cultural do país foi apresentada pelo Governo de Pernambuco ao Iphan em 2015, com a entrega de inventário que identificou 28 grupos em atividade no estado, sendo 17 da Região Metropolitana e 11 da Zona da Mata. O registro, agora confirmado pelo Iphan, potencializa as políticas e articulações para preservação da ciranda, tradição espraiada da areia da praia para as cidades, que traduz o brincar como o mais sério e sagrado fazer.

Sobre a Revalidação do Frevo – Após muita expectativa e mobilização dos pernambucanos, a revalidação confirmou-se nesta terça-feira, durante a 96ª reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A revalidação de bens culturais é realizada a cada dez anos, em cumprimento ao estabelecido pelo Decreto nº 3.551/2000, que institui a confirmação periódica como instrumento de proteção. Segundo o Iphan, o processo de revalidação do frevo como Patrimônio Cultural do Brasil tem o objetivo de avaliar as mudanças pelas quais esse bem passou nos últimos dez anos e os impactos gerados pelas políticas de salvaguarda. A revalidação busca também mapear informações para elaborar ações futuras de proteção e valorização do bem cultural que conta os primeiros capítulos da formação identitária do povo pernambucano e brasileiro.

FONTE: IMPRENSA PMR

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