18 / 04 / 2024

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Orquestra Sinfônica de Recife realiza concertos gratuitos para celebrar aniversário do Teatro Santa Isabel

Serão duas apresentações, no próprio teatro, nos próximos dias 25 e 26, às 20h, e o repertório será festivo como a ocasião, com peças cheias de simbolismo dos compositores Beethoven, Brahms e Clóvis Pereira. Prefeito João Campos conferiu o ensaio da Orquestra na manhã desta quinta-feira (19).

Nos próximos dias 25 e 26 de maio, tradição, música e patrimônio se encontram na programação cultural da capital pernambucana. Para celebrar os 172 anos de existência de uma das mais imponentes e importantes casas de espetáculo da cidade, a Orquestra Sinfônica do Recife realizará dois concertos gratuitos e abertos ao público, a partir das 20h, iniciando a agenda de apresentações regulares da temporada 2022. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do teatro, uma hora antes do início de cada apresentação. Para conferir de perto o ensaio da Orquestra e conversar com os músicos, o prefeito do Recife João Campos esteve no Teatro de Santa Isabel na manhã desta quinta-feira (19), ao lado do secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.

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“A gente está aqui no Teatro de Santa Isabel, a gente passou aqui rapidinho para conferir uma parte do ensaio da nossa Orquestra Sinfônica do Recife. A gente abriu uma seleção para fazer a recomposição dela, garantir que o número de músicos vai chegar ao adequado. E, ontem, o Teatro de Santa Isabel comemorou 172 anos, então, na próxima semana, na quarta e na quinta-feira, a gente vai fazer dois concertos da Orquestra para homenagear o nosso teatro. E a gente está com o planejamento todo pronto para, no segundo semestre, voltarmos com os concertos regulares da nossa Sinfônica, todas as semanas, aqui no Santa Isabel”, adiantou João Campos durante a visita.

Para celebrar a majestosa casa de espetáculos, mantida pela Prefeitura do Recife, que já foi palco para a icônica bailarina russa Ana Pavlova e Procópio Ferreira, além de ter recebido em sua plateia personalidades como Dom Pedro II, Tobias Barreto e Castro Alves, o novo regente da Orquestra, Lanfranco Marcelletti Jr., preparou um programa que vai da erudição européia de Beethoven e Brahms até a sonoridade impecável e afetuosa do compositor, arranjador, pianista e regente Clovis Pereira.

De Beethoven, compositor germânico, que é um dos mais talentosos, lembrados e celebrados de todo o mundo, será executada a Abertura em dó maior, op. 124 da peça “A Consagração da Casa”. “Esta abertura carrega um enorme simbolismo histórico e cênico, por uma série de fatores. Além de ter sido composta em 1822, mesmo ano em que foi declarada a independência do Brasil, ela foi escrita justamente para celebrar o Theater in der Josefstadt, por ocasião de sua inauguração”, contou o maestro Lanfranco.

Deixando a ocasião ainda mais festiva, o compositor Clóvis Pereira também será celebrado no programa da apresentação, em comemoração a seus 90 anos. Dele, será tocada a composição “Lamento e Dansa Brasileira”, cuja história se encontra com a da Orquestra, tendo o Santa Isabel como moldura infalível. Foi no palco do teatro aniversariante que se realizou a primeira audição da música, em 1967, com execução da Orquestra Sinfônica e regência do próprio Clóvis Pereira. “A música deste grande compositor e artista, que nos deu tanto, tem muito a ver com a gente do Recife e do Nordeste”, comentou Lanfranco, que, além de admirador confesso e entusiasmado de Clóvis Pereira, chegou a ser seu aluno, no Conservatório Pernambucano de Música.

A “Sinfonia nº 2”, em ré maior, op.73, do alemão Johannes Brahms, encerrará o repertório da apresentação, garantindo-lhe mais um ensejo comemorativo. Composta em 1877, a música está completando 150 anos como uma das mais executadas e efusivas obras eruditas do mundo. “Serão muitos séculos de celebração à arte e à música numa noite só”, afirmou Ricardo Mello, secretário de Cultura do Recife.

Sobre o aniversariante – O Teatro de Santa Isabel, cujo nome é uma homenagem à Princesa Isabel, foi inaugurado em 18 de maio de 1850, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. Idealizado pelo Barão da Boa Vista, teve o projeto dirigido pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que inovou na época, optando por não utilizar trabalho escravo na construção de arquitetura neoclássica. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 31 de outubro de 1949, o equipamento foi mais tarde eleito um dos 14 teatros-monumentos do país.

Durante toda a sua história, a casa emoldurou importantes capítulos da vida política da cidade, tendo assistido à Revolução Praieira e abrigado a campanha abolicionista e pelo advento da República. Frequentado, desde sempre, por notórias personalidades da cultura nacional, o Teatro de Santa Isabel foi cenário dos debates literários de Tobias Barreto e Castro Alves. E foi de lá que ecoou para todo o Brasil a histórica frase do abolicionista Joaquim Nabuco: “Aqui vencemos a causa da abolição”, imortalizada numa placa exibida numa das paredes do teatro até hoje.

Uma curiosidade sobre o teatro é que ele chegou a ser destruído por um incêndio ocorrido em 19 de setembro de 1869, tendo sido totalmente recuperado, redimensionado e entregue ao povo pernambucano em 16 de dezembro de 1876.

Orquestra – Além de inaugurar a primeira temporada de apresentações dos novos regentes, a retomada do calendário de atividades da Orquestra Sinfônica do Recife, neste maio de intensa agenda cultural na cidade, é marcada por outra importante novidade. Até o próximo dia 23, estão abertas as inscrições da Seleção Pública Simplificada para contratação temporária de 38 músicos para a Orquestra e para a Banda Sinfônica do Recife. As inscrições devem ser feitas pela internet, no site www.culturarecife.com.br. A avaliação dos candidatos inscritos será realizada em duas fases: uma prova prática e uma prova de títulos. O resultado deverá ser divulgado no próximo mês de agosto.

Considerada o mais antigo conjunto orquestral em atividade ininterrupta do Brasil, a Orquestra Sinfônica do Recife foi fundada no dia 30 de julho de 1930, sob a regência de Vicente Fittipaldi. Há quatro anos, chegou a ser declarada Patrimônio Cultural Imaterial da capital pernambucana. Desde o ano passado, o conjunto orquestral tem nova regência, composta por Lanfranco Marcelletti Jr. e José Renato Accioly, maestros titular e adjunto, respectivamente.

Fotos: Marcos Pastich/PCR
FONTE: IMPRENSA PMR

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