Veolia e Braskem inauguram maior planta industrial de PVC da América Latina já está sendo atendida pela energia renovável
A Veolia e a Braskem celebraram a inauguração da primeira usina de geração a vapor a partir de biomassa no estado de Alagoas nesta semana. Com um investimento aproximado de R$ 400 milhões, o empreendimento visa produzir cerca de 900 mil toneladas de vapor por ano, representando uma contribuição significativa para a diminuição anual de aproximadamente 150 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE). Esse volume equivale a cerca de um terço das emissões diretas e indiretas da Braskem em Alagoas durante o ano de 2021.
A parceria entre as duas empresas, estabelecida em 2021 por meio de um contrato de 20 anos, tem como foco a produção de energia renovável a partir de biomassas. Pedro Prádanos, CEO da Veolia no Brasil, destaca o projeto como uma iniciativa de transformação ecológica, impulsionando esforços para tornar os processos industriais mais eficientes e sustentáveis.
Gustavo Checcucci, diretor da área de Energia e Descarbonização Industrial da Braskem, ressalta que atualmente, 82% da energia elétrica adquirida pela Braskem globalmente provém de fontes renováveis. O projeto em Alagoas é considerado um passo significativo, incorporando fontes térmicas renováveis à matriz energética da empresa.
Operação da usina em Alagoas
A usina foi projetada para suprir integralmente a demanda de vapor da fábrica de PVC da Braskem.
Além de ser responsável pelo design e construção da fábrica, a Veolia assumirá a operação, manutenção e gerenciamento por duas décadas. Isso inclui a gestão agroflorestal da biomassa, abrangendo o plantio, manutenção das florestas e preparação da biomassa. A Veolia também implementará fontes circulares adicionais de biomassa, visando valorizar energeticamente resíduos como pallets, entre outros.
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Para assegurar a ecoeficiência, a usina foi concebida com base nos princípios da economia circular e na gestão otimizada dos recursos naturais, com ênfase na eficiência energética.
Estão previstas práticas de reúso industrial de água na operação e na purga das caldeiras, além do monitoramento em tempo real de toda a operação, consumo de recursos e desempenho.
Francisco Dal Rio, diretor de Operações da Veolia Brasil, destaca a combinação de tecnologia com a capacidade humana para gerenciar os ativos. A Veolia investiu em sistemas de supervisão locais integrados ao centro de inteligência para monitoramento remoto da performance dos sistemas. Além disso, o desempenho das florestas, o sistema logístico de transporte e armazenamento serão monitorados via satélite.
