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Fundo de Desenvolvimento do Nordeste pode ser capitalizado pelos Brics

O objetivo é obter US$ 500 milhões dos Brics para fortalecer os fundos de desenvolvimento regional

O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, um dos principais instrumentos de atuação da Sudene, pode receber um reforço financeiro dos Brics para ampliar sua capacidade de financiamento. Uma resolução da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) foi publicada, autorizando, com ressalvas específicas, a elaboração de um projeto a ser apresentado ao New Development Bank (NDB) para a capitalização dos fundos regionais – FDNE, Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO).

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, em parceria com a Sudene, busca obter US$ 500 milhões do NDB para financiar obras de infraestrutura no país. Durante uma reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, o ministro Waldez Góes afirmou que esse montante ultrapassa a disponibilidade financeira dos três fundos para o ano em curso.

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Segundo Danilo Cabral, superintendente da Sudene, a expectativa é que o FDNE tenha R$ 1,1 bilhão em 2024. Ele comentou que, este ano, foram autorizados R$ 1,3 bilhão para financiar projetos na área de atuação da Sudene, com uma liberação total de R$ 2 bilhões, incluindo R$ 811 milhões para a construção da ferrovia Transnordestina, superando o volume do exercício anterior.

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O FDNE desempenha um papel crucial como fonte de financiamento para projetos de infraestrutura, oferecendo taxas de juros mais atrativas do que as praticadas por outros bancos de fomento. Atualmente, é um importante financiador de projetos de energia renovável no Nordeste e norte de Minas Gerais. A coordenadora-geral de Fundos de Desenvolvimento e Financiamento, Cláudia Silva, indicou que todos os projetos aprovados neste ano foram do setor de energia renovável, refletindo a falta de investimentos em infraestrutura na região.

O ministro Waldez Góes ressaltou a importância de aumentar a capacidade de financiamento desses instrumentos para evitar uma sobrecarga nos fundos constitucionais. Ele enfatizou que a busca por financiamento de grandes projetos de infraestrutura deveria concentrar-se nos fundos regionais, destacando o compromisso do governo Lula com o desenvolvimento regional

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