O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (25), que as obras da ponte Salvador-Itaparica devem começar nas próximas semanas. Em reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o gestor estadual disse que o consórcio chinês contratado para a execução da obra deve iniciar o processo de sondagem, que é a realização dos furos no solo para a colocação dos pilares da ponte.

A ponte Salvador-Itaparica é um projeto de infraestrutura que visa integrar a capital baiana com a ilha de Itaparica e o sul do estado. A obra tem um custo estimado de R$ 13 bilhões e deve gerar cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos. A previsão é que a ponte tenha 12,4 km de extensão e seja uma das maiores da América Latina.

Pandemia causou atrasos

O ministro Rui Costa explicou que o principal motivo do atraso das obras foi a pandemia de Covid-19, que causou uma grande variação de preço nos insumos. Segundo ele, houve uma mudança completa dos preços dos materiais para as grandes obras, o que desalinhou os contratos. Ele disse que o governo federal tem compreensão da importância da obra para o desenvolvimento do país e que está em diálogo com os chineses para viabilizar o início das obras.

“A gente espera o mais rápido possível iniciar duas ações importantes para essa obra: a sondagem, que são esses furos, com um furo para cada pilar; além da dragagem, que a Marinha solicitou que fosse feita na Baía de Todos-os-Santos, próximo ao porto, evitando portanto que a manobra dos navios ocorra próxima aos pilares da ponte. Essas duas obras devem ser feitas em breve”, disse Rui Costa.

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Nesta terça-feira (26), às 17h, Jerônimo e Rui participarão, em Brasília, de mais uma reunião com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, com quem eles conversarão sobre a ponte Salvador-Itaparica. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia pautado o tema com representantes chineses.

Obra esperada há décadas

A ponte Salvador-Itaparica é uma obra esperada há décadas pela população baiana e que promete transformar a economia e o turismo do estado. A expectativa é que a ponte reduza em até 100 km o percurso entre Salvador e o sul da Bahia e beneficie cerca de 4 milhões de pessoas. Além disso, a obra deve estimular o desenvolvimento de novos polos industriais e comerciais na região metropolitana de Salvador e no recôncavo baiano.

A tabela abaixo mostra um resumo da obra.