Um serviço de transporte operado por mulheres e atendendo a um público exclusivamente feminino será iniciado na próxima segunda-feira, 24, em Salvador. Trata-se do maior aplicativo (app) de mobilidade feminina do mundo: o Lady Driver. Começará atendendo aos principais bairros da cidade e já possui 5 mil clientes cadastradas.
A princício, nas primeiras semanas, a área de atendimento será do Rio Vermelho ao aeroporto, passando por lojas, shoppings, centros empresariais, clínicas e as principais avenidas da capital: ACM, Tancredo Neves e Paralela. Contudo, isso irá se expandir com o tempo. As passageiras poderão encontrar as motoristas mais próximas no GPS. Haverá também um agendamento prioritário para motoristas favoritas daquela cliente. O cadastro no app conta com uma análise de dados da mulher, alinhado com os órgãos de segurança pública, incluindo busca por antecedentes criminais para haver a liberação.
A embaixadora do Lady Driver em Salvador e Região Metropolitana, Adriana Barreiros, explica que o preço é calculado a depender da distância percorrida. “Contudo, um dos benefícios é que as motoristas lucram 20% a mais do que uma corrida em um aplicativo de categoria elitizada”, disse. “Muitas mulheres estão em casa, desempregadas, com o carro parado na garagem, sem saber o que fazer. Nossa missão também é fazer com que elas entendam que podem ser motoristas. Estamos abertas para recebê-las. Não existe isso de lugar da mulher é pilotando fogão ou de mulher no volante é perigo constante. Lugar de mulher é onde ela quiser”, pontua. Renata Mota Santos, 44 anos, é uma das mais de 300 motoristas até então já cadastradas do aplicativo.
Cuidado e empatia
Ela trabalha com isso há pouco mais de 4 anos, mas será a primeira vez em um serviço exclusivo com o público feminino. “A qualidade e capacidade independe do gênero. A mulher é mais sensitiva, cuidadosa e prudente em relação ao perigo. Com o aplicativo, podemos ter mais segurança e lucratividade. Trabalhar de mulher pra mulher é entender melhor sua passageira, com confiança mútua e ter uma viagem sem tensões. Estou ansiosa para começar”, disse a motorista.
Uma das passageiras cadastradas é Priscila Nogueira, 66 anos, do bairro da Federação. Desde 2020, ela se locomove usando táxi, e agora vai usar esse app. Tudo isso porque se sente mais segura. ”As mulheres precisam se proteger porque são as maiores vítimas da violência”.
Do A Tarde
