09 / 05 / 2024

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Preço da carne despenca, tem a maior queda em cinco anos e consumo aumenta no Brasil

A carne bovina é um dos alimentos mais apreciados pelos brasileiros, mas também um dos mais caros. Por isso, muita gente ficou feliz em saber que o preço da carne desabou nos últimos meses, registrando a maior queda em cinco anos. Segundo a Fipe, de janeiro a julho deste ano a proteína bovina já caiu 9,36%, acumulando a maior redução desde 2018.

Mas o que explica essa queda no preço da carne? E como isso afeta o consumo dos brasileiros? Neste post, vamos tentar responder essas perguntas e mostrar como o mercado da carne bovina está se comportando em 2023.

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Por que a carne bovina ficou mais barata?

Existem vários fatores que influenciam o preço da carne bovina, como a oferta e a demanda, os custos de produção, os impostos, o câmbio, o clima, as exportações e as importações. Em 2023, alguns desses fatores contribuíram para a queda no preço da carne, como:

  • Aumento da oferta: A produção de carne bovina no Brasil está estimada em aproximadamente 10,6 milhões de toneladas em 2023, um aumento de 4% em relação a 2022, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Esse aumento se deve principalmente ao abate de fêmeas, que cresceu 7% no primeiro semestre de 2023, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que os produtores estão reduzindo o rebanho e liberando mais animais para o mercado.
  • Redução da demanda: A demanda por carne bovina também diminuiu em 2023, principalmente por causa da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Com o desemprego alto e a renda baixa, muitos consumidores optaram por substituir a carne bovina por outras proteínas mais baratas, como a carne suína e a de frango. Além disso, as exportações de carne bovina também caíram em 2023, principalmente para a China, que reduziu suas compras do Brasil por causa de questões sanitárias e diplomáticas.
  • Redução dos custos: Outro fator que ajudou a baixar o preço da carne bovina foi a redução dos custos de produção. Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o custo operacional efetivo da pecuária de corte caiu 1,5% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Isso se deve principalmente à queda nos preços dos insumos, como o milho e o farelo de soja, que são usados na alimentação dos animais.

Quais são os cortes mais baratos?

Alguns cortes caíram até 12% no seu preço.

A queda no preço da carne bovina não foi uniforme para todos os cortes. Alguns ficaram mais baratos do que outros, dependendo da preferência dos consumidores e do mercado externo. Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os cortes que mais diminuíram de preço no acumulado deste ano foram:

  • Alcatra: -11,50%
  • Filé-mignon: -10,17%
  • Contrafilé: -10,17%
  • Acém: -8,49%
  • Picanha: -7,88%

Esses cortes são considerados nobres e têm uma maior demanda no mercado interno. Por isso, eles foram mais afetados pela redução do consumo das famílias brasileiras. Já os cortes mais populares e usados no churrasco, como a costela e a maminha, não tiveram uma queda tão expressiva de preço.

Como o consumo de carne bovina mudou?

Apesar da queda no preço da carne bovina, o consumo per capita dessa proteína ainda não

O consumo de carne bovina ainda é menor do que o de outras proteínas animais, como a carne suína e a de frango.

voltou aos níveis pré-pandemia. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a disponibilidade per capita da proteína bovina deve chegar a 30,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda. A alta, de 8,1% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia.

No entanto, esse aumento no consumo não significa que os brasileiros estão comendo mais carne bovina. Na verdade, eles estão aproveitando a queda no preço para comprar cortes mais nobres e de melhor qualidade. Ou seja, eles estão trocando quantidade por qualidade.

Além disso, o consumo de carne bovina ainda é menor do que o de outras proteínas animais, como a carne suína e a de frango. Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, o consumo per capita atingirá 100,2 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.

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